Usina elétrica bacteriana criada na Sibéria

Eles criaram uma mini-usina de energia com 12 células de combustível microbianas. As dimensões do dispositivo “bacteriano” por enquanto são muito reduzidas e a tensão máxima que se conseguiu obter foi de 900 milivolts. No entanto, a mini usina de energia já conseguiu acender uma lâmpada.

Os cientistas consideram que as células microbianas de combustível podem produzir uma quantidade significativa de energia elétrica. O principal objetivo será aperfeiçoar a nova tecnologia ecológica.

Tanto mais que ela ajuda diretamente a proteger o meio ambiente. Inicialmente essas bactérias eram usadas no tratamento de águas residuais. Quanto mais poluídas estiverem as águas domésticas ou industriais, maior é a produtividade dessas bactérias e, graças às células de combustível, a qualidade do tratamento da água ainda melhora.

A nova célula microbiana de combustível permitirá aos investigadores obter uma informação mais precisa sobre o habitat preferido das bactérias e onde melhor se reproduzem, onde fabricam a biopelícula e, finalmente, em que parte se produz mais energia.

A região do Baikal ocupa o oitavo lugar na Rússia pela quantidade de descargas de águas residuais poluídas e se se colocar células microbianas nas estações de tratamento de Irkutsk, poderemos então obter centenas de quilowatts de eletricidade, refere o diretor da Energofisica Anatoli Lapshin.

Os cientistas continuam a desenvolver o projeto. O Instituto de Biologia da Universidade Estatal de Irkutsk está estudando as bactérias mais viáveis, enquanto o Instituto de Sistemas de Energia está realizando testes das células microbianas de combustível.

Se esses estudos forem colocados em prática, então teremos obtido mais uma fonte de energia renovável, para além da energia produzida pelo Sol e pelo vento.